quarta-feira, 16 de maio de 2012

Houdini contra a Bruxa Loira da Rua Lime (3)

                                                                                              (Continuação)

                                                                                            MINA, A MÉDIUM





 


Mina (1888-1941) originalmente casou com o proprietário de uma mercearia pequena, Conde P. Rand, sempre tendo sido uma mulher ativa vivaz. Quando jovem ela tinha tocado em várias bandas profissionais e orquestras, trabalhado como uma secretária, amava esportes, e era ativa em vários grupos de ações sociais de igreja.

O casamento com Crandon exigiu que ela abandonasse seu estilo de vida dinâmico, que não combinava com o papel esperado da esposa de um médico. A nova experiência da sessão espírita de 27 de maio forneceu uma mudança agradável da vida confinada em ócio de uma mulher bem sucedida.

Pelo verão inteiro os Crandons realizaram sessões espíritas privadas em seu lar. O médico ficava mais animado cada vez que ele descobria que sua esposa tinha um novo “poder”. Suas capacidades pareciam sem limites e ele só tinha que ler sobre algum novo mistério e “Psique” – como ele tinha começado afetuosamente a chamá-la – o duplicaria na próxima sessão espírita.




Raps (batidas) e lampejos de luz estavam entre os primeiros fenômenos a aparecer, junto com efeitos mais tradicionais como o movimento da mesa. Mina pareceu poder parar um relógio simplesmente por se concentrar nele, ou produzir notas de dólar e pombos vivos, coisas que pareciam ser tomadas diretamente do repertório de um mágico. Logo as coisas tomaram um novo rumo.


 

Mina tinha conduzido suas sessões espíritas desperta e plenamente ciente do que acontecia ao redor dela até que seu marido sugeriu que ela tentasse cair num transe. Houve êxito imediato e várias “entidades” começaram a se comunicar pela médium. Uma destas começou a aparecer mais freqüentemente e eventualmente se tornou predominante.


 


O Dr. Crandon e os outros concordaram que este visitante tinha de ser Walter Stinson, o irmão de Mina. Walter tinha morrido 12 anos mais cedo, aos 28 anos de idade, esmagado por um vagão de ferrovia. A voz de Walter, que se tornou o espírito controle de Mina por 18 anos, não surpreendentemente era a mesma de Mina, só um pouco mais rouca. Sua linguagem era grosseira e tinha uma sagacidade pronta e maneiras irritáveis, uma personalidade bastante estranha à gentil e polida senhora.

Continua...




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