Os acontecimentos que nos interessam começaram na primavera de 1923, na Rua Lime nº 10, uma casa de tijolo de quatro andares na elegante vizinhança de Boston de Beacon Hill.
O marido de Margery, o Dr. Le Roy Goddard Crandon, era um homem obstinado e aristocrático, com muitos passatempos e interesses além da medicina, variando de uma paixão para o mar ao estudo dos escritos de Abraham Lincoln. Era inevitável que sua mente inquiridora se voltasse a um assunto que interessou todo o mundo na pesquisa psíquica dos anos de 1920.
O marido de Margery, o Dr. Le Roy Goddard Crandon, era um homem obstinado e aristocrático, com muitos passatempos e interesses além da medicina, variando de uma paixão para o mar ao estudo dos escritos de Abraham Lincoln. Era inevitável que sua mente inquiridora se voltasse a um assunto que interessou todo o mundo na pesquisa psíquica dos anos de 1920.
Seu interesse foi desperto por uma reunião que ele teve com o Senhor Oliver Lodge (1851-1940), um físico de grande fama que, depois da morte do seu filho Raymond durante a 1ª Guerra Mundial, tinha anunciado que ele acreditava na sobrevivência humana depois da morte e na possibilidade de se comunicar com os mortos. Lodge tinha sugerido um livro a Crandon, The Physical Structures of the Goligher Circleescrito por um Dr. Crawford, um engenheiro de Belfast e um entusiasta do paranormal.
Kathleen Goligher e sua família, pensamentos estranhos andaram na mente do médico.
Seria isso realmente possível, Crandon se perguntava, que os “cantiléveres psíquicos” que Crawford falava existissem? E se for assim, como estes “pseudopódes” poderiam ter a força para levantar sequer uma mesa? Crandon decidiu tentar descobrir para si e em poucas semanas tinha uma mesa construída às especificações exatas de uma usada no caso Goligher.
Seria isso realmente possível, Crandon se perguntava, que os “cantiléveres psíquicos” que Crawford falava existissem? E se for assim, como estes “pseudopódes” poderiam ter a força para levantar sequer uma mesa? Crandon decidiu tentar descobrir para si e em poucas semanas tinha uma mesa construída às especificações exatas de uma usada no caso Goligher.
Em 27 de maio Crandon sentou-se ao redor da mesa com sua esposa e alguns amigos no andar superior da casa na Rua Lime. A câmara foi escurecida e, seguindo as instruções de Crandon, os assistentes uniram as mãos e esperaram. Repentinamente, a mesa se moveu levemente. Então moveu outra vez e inclinou-se para cima em duas pernas. Alguém sugeriu que tentassem descobrir qual deles talvez fosse o médium, assim um de cada vez cada assistente deixou o local. Desde que a mesa continuou a balançar e parou só quando Mina, a esposa do médico, partiu, não havia nenhuma dúvida: ela era o médium.
Continua...
Continua...
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