(Continuação)
O PASSO EM FALSO DE MARGERY
O PASSO EM FALSO DE MARGERY
Ao redor de 1926 Margery adicionou um novo efeito a seu repertório; talvez um extremo, como veremos. ‘Walter’ alegou que seu corpo etéreo era réplica tão exata daquele que o tinha quando vivo que ele mesmo podia criar uma impressão digital em cera para provar sua presença.
Mina fez uma visita ao seu dentista, o Dr. Frederick Caldwell, pedindo uma sugestão para executar a experiência. O dentista sugeriu o uso de cera dental que faria uma impressão detalhada. Ele amoleceu um pedaço de cera em água fervente e pressionou seus polegares para mostrar a natureza prática da sua proposta. Mina tomou a amostra de Caldwell e pediu alguns pedaços de cera.
Mina fez uma visita ao seu dentista, o Dr. Frederick Caldwell, pedindo uma sugestão para executar a experiência. O dentista sugeriu o uso de cera dental que faria uma impressão detalhada. Ele amoleceu um pedaço de cera em água fervente e pressionou seus polegares para mostrar a natureza prática da sua proposta. Mina tomou a amostra de Caldwell e pediu alguns pedaços de cera.
Essa noite numa sessão espírita que ela tentou a experiência. Pôs alguma cera numa bacia pequena e depois da sessão espírita que duas impressões foram achadas. Margery alegou serem de ‘Walter’.
O Dr. Crandon insistiu em ter um perito do seu conhecimento para autenticar as impressões. Esta figura obscura, mais provavelmente um confederado, era chamada John Fife. Ele alegou ser Chefe da Polícia em Charlestown Navy Yard e um perito reconhecido em impressões digitais.
W. F. Prince, que depois das investigações da Scientific American tinha continuado a colecionar um arquivo de informação privada concernente a investigações pessoais no caso de Margery, descobriu que a Polícia de Boston nunca tinha ouvido falar de Fife. Crandon, no entanto, alegou que o homem tinha achado impressões do polegar sobre o aparelho de barbear de ‘Walter’ que perfeitamente combinava com aquelas deixadas na cera pelo "espírito".
O êxito desta novidade levou o Dr. Crandon a empregar por conta própria um defensor de Margery, E. E. Dudley, para catalogar cada impressão digital deixada por ‘Walter’ durante as sessões espíritas.
O Dr. Crandon insistiu em ter um perito do seu conhecimento para autenticar as impressões. Esta figura obscura, mais provavelmente um confederado, era chamada John Fife. Ele alegou ser Chefe da Polícia em Charlestown Navy Yard e um perito reconhecido em impressões digitais.
W. F. Prince, que depois das investigações da Scientific American tinha continuado a colecionar um arquivo de informação privada concernente a investigações pessoais no caso de Margery, descobriu que a Polícia de Boston nunca tinha ouvido falar de Fife. Crandon, no entanto, alegou que o homem tinha achado impressões do polegar sobre o aparelho de barbear de ‘Walter’ que perfeitamente combinava com aquelas deixadas na cera pelo "espírito".
O êxito desta novidade levou o Dr. Crandon a empregar por conta própria um defensor de Margery, E. E. Dudley, para catalogar cada impressão digital deixada por ‘Walter’ durante as sessões espíritas.
Ao redor de 1931 Dudley começou por iniciativa própria a colecionar as impressões digitais de cada pessoa que assistia uma sessão com Margery. Desta maneira ele podia desmentir as reivindicações daqueles que diziam que as impressões não pertenciam a ‘Walter’ mas a um confederado vivo.
Dudley estava encerrando suas visitas semanais para colecionar as impressões digitais daqueles que tinham participado em sessões espíritas de 1923 a 1924 quando examinou as impressões do Dr. Caldwell, o dentista de Crandon. Uma vez em casa para comparar as impressões com aquelas de ‘Walter’fez uma descoberta atordoante. Ele cuidadosamente examinou ambas as séries de impressões para estar seguro, mas não havia nenhum erro: as impressões digitais que Margery alegava terem pertencido a ‘Walter’eram idênticas em cada aspecto às do Dr. Caldwell!Dudley não contou menos que 24 correspondências absolutas. Claramente, a médium tinha tomado as amostras de cera em que o Dr. Caldwell tinha pressionado seu polegar para mostrar a Mina o procedimento e feito moldes impressos. Era fácil pressionar os moldes na cera na escuridão e obter a ilusão que uma entidade estrangeira ao círculo de assistentes era a autora.
Dudley informou à ASPR sobre a sua descoberta, masW. H. Button, então presidente da ASPR, respondeu que ele não estava interessado em publicar a notícia.A imagem da Sociedade estava por então demais ligada com a da médium desde que freqüentemente tinham-na defendido e tinha escondido informação desagradável sobre ela.
Prince, que tinha deixado a ASPR por esta razão e tinha fundado a Sociedade de Boston para Pesquisa Psíquica (BSPR - Boston Society for Psychical Research), tinha tido o suficiente. Aceitou a revelação de Dudley e um artigo foi publicado no diário de Sociedade (Vol. XVIII, outubro, 1932).
O escândalo que se seguiu teve efeitos desastrosos. Não era nenhum mero caso de alguém alegando ver a médium usando o seu pé para mover uma mesa; desta vez a prova de fraude era incriminadora e definitiva.
Prince, que tinha deixado a ASPR por esta razão e tinha fundado a Sociedade de Boston para Pesquisa Psíquica (BSPR - Boston Society for Psychical Research), tinha tido o suficiente. Aceitou a revelação de Dudley e um artigo foi publicado no diário de Sociedade (Vol. XVIII, outubro, 1932).
O escândalo que se seguiu teve efeitos desastrosos. Não era nenhum mero caso de alguém alegando ver a médium usando o seu pé para mover uma mesa; desta vez a prova de fraude era incriminadora e definitiva.
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