domingo, 21 de agosto de 2011
David Blaine
David Blaine White (nasceu em 4 de abril de 1973 em Brooklyn, Nova Iorque, EUA), é um ilusionista estado-unidense, conhecido também por seus desafios mirabolantes onde testa os limites do corpo e da mente.
Enterrado Vivo
No dia 5 de Abril de 1999 David Blaine foi colocado em um caixão de vidro onde permaneceu por 7 dias na cidade de Nova York, em cima do caixão foi colocado um outro do mesmo tamanho e cheio de água, as pessoas que passavam no local puderam acompanhar o desafio 24 horas por dia. Blaine saiu no dia 12 de Abril.
Congelado no tempo
Em 7 de Novembro de 2000, novamente em Nova Iorque, Blaine entrou em um cubo gigante de gelo totalmente fechado em todos os lados (inclusive na parte de baixo onde ficava um tipo de carrinho), permaneceu lá por 61 horas, 40 minutos, e 15 segundos até ser removido pela equipe técnica que teve de cortar o gelo com serra elétrica, ele foi prontamente atendido por médicos e levado ao hospital onde suspeitava-se que estivesse com hipotermia, a transparência do gelo permitiu que o público pudesse acompanhar todos os momentos do desafio que foi também transmitido em uma cobertura especial da TV.
Vertigem
Mesmo com os treinos atrapalhados pelos ataques de 11 de Setembro, Blaine subiu em um pilar de 27m de altura colocado no parque de Bryant, em Nova Iorque e permaneceu em pé sobre o espaço mínimo de 56cm por exatamente 34 horas e 23 minutos sem alimento, água ou qualquer coisa, correndo o risco de sofrer tonturas ou um desequilíbrio qualquer; No final Blaine saltou sobre caixas de papelão que foram empilhadas a uma altura de mais ou menos 3 metros.
Na Caixa
No dia 5 de Setembro de 2003, Blaine entrou em uma pequena caixa de pouco mais de 2 metros de largura e altura e foi suspenso sob o Rio Tâmisa a cerca de 9 metros de altura, dentro da caixa foi instalada uma webcam para que os espectadores pudessem acompanhar todo o processo. Após 44 dias, 19 de Outubro, ele saiu da caixa e foi hospitalizado rapidamente, durante o período onde passou apenas bebendo água acabou emagrecendo cerca de 24 kg.
Submerso
Em 1 de Maio de 2006 no Lincoln Center, Nova Iorque, local escolhido para o desafio seguinte de David Blaine que ficou submergido em um aquário com cerca de 2,4 metros de diâmetro, Blaine permaneceu por 7 dias e 7 noites ligado a um tubo onde respirava e recebia nutrição, no total foram 177 horas dentro da água direto.
Para finalizar Blaine tinha mais uma etapa, tentar bater o recorde debaixo d´água sem respirar que é de 8min58s, porém com 7min30s ele passou mal e acabou sendo resgatado por mergulhadores.
Giroscópio
Aconteceu no dia 21 de Novembro de 2006 quando foi colocado em um Giroscópio gigante elevado a uma altura equivalente a 50 pés, o local escolhido fora novamente a cidade de Nova York, ele permaneceu girando cerca de 8 voltas por minuto durante mais ou menos 2 dias quando teve de se livrar de correntes colocadas posteriormente e com o equipamento girando mais rápido, Blaine conseguiu se soltar e pular sobre um plataforma, em seguida foi direto para o hospital de táxi.
Com o objetivo concluído Blaine realizará uma promessa que fez antes de iniciar o desafio, levar 100 crianças do Exército da Salvação para uma tarde de compras, onde cada uma receberá um vale-presente no valor de US$ 500.
Apnéia
No dia 30 de Abril de 2008 David Blaine quebrou o recorde mundial de tempo passado em baixo da água sem respirar. O recorde anterior era do suíço Peter Colat de 16 minutos e 32 segundos. David tentava atingir os 23 minutos, mas aos 17 minutos e quatro segundos sua equipe decidiu interromper. A façanha ocorreu no programa de Oprah Winfrey onde ele ficou dentro de uma esfera com 1.800 galões de água.
Mergulho da Morte
No dia 21 de Setembro de 2008 Blaine iniciou mais um desafio em sua carreira, ficou 60 horas pendurado de cabeça para baixo através de um cabo ligado a um enorme andaime construído sobre a pista de patinação no gelo no Central Park, em Nova Iorque. Ele ficou sem comer nem dormir mas tirava intervalos para beber água e fazer exames médicos.
Blaine interagiu com as pessoas, após as primeiras horas sentiu certo desconforto - "Sabia que não seria fácil, mas é pior do que pensei", afirmou, depois se acostumou com a situação e teve tempo e força para assinar autógrafos, tirar fotos e até fazer truques com cartas de baralho, tudo isso enquanto estava suspenso.
O médico que o acompanhou alertou para os perigos, estava preocupado pois uma pessoa de cabeça para baixo corre o risco de sofrer coágulo ou romper alguma veia no cérebro por causa da grande pressão que o sangue acaba exercendo na cabeça.
O fim do espetáculo ocorreu no dia 25 de Setembro com um transmissão ao vivo na televisão, não faltaram mensagens como "não tente isso em casa", exibida várias vezes. Para se livrar do cabo Blaine garantiu mais um truque para seus fãs. Depois da suspensão, ele pulou do andaime de 13,4 metros, balançando por um cabo atado a balões. Então, ele subiu e aparentemente desapareceu no céu.
David Copperfield
David Copperfield, nome artístico de David Seth Kotkin (Metuchen, 16 de Setembro de 1956), é um renomado mágico e ilusionista dos Estados Unidos.
Conhecido principalmente por sua combinação de ilusões espetaculares com a habilidade de contar histórias. Seus feitos mais famosos são: fazer desaparecer a Estátua da Liberdade (num programa de televisão - os assistentes ao vivo participavam na ilusão e sabiam como era feita), levitar sobre o Grand Canyon, sair de uma camisa de força e passar através da Muralha da China.
Começou a atuar profissionalmente aos doze anos, e se tornou o mais novo membro admitido na Sociedade dos Mágicos Americanos. Aos dezesseis anos ensinava mágica na Universidade de Nova Iorque.
Teve um relacionamento com a supermodelo Claudia Schiffer por seis anos, até 1999.
Em 1982 fundou o Project Magic, um programa de reabilitação para pacientes com deficiência reconquistarem habilidades perdidas ou danificadas. O programa, reconhecido pela Associação Norte-Americana de Terapia Ocupacional, é praticado em mais de mil hospitais em todo o mundo.
Copperfield se esforça por preservar para as futuras gerações a história da arte da magia. Para isto tem um museu de livros, acessórios de antiquário, e outros fatos históricos relacionados com conjurações. A vasta coleção, conhecida como o Museu e Biblioteca Internacionais das Artes de Conjuração, localiza-se em Las Vegas, Nevada.
A revista Forbes publicou que Copperfield ganhou 57 milhões de dólares em 2003, o que o torna a décima celebridade mais bem paga do mundo.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Harry Houdini
Em 1856 o Francês Robert-Houdin, o maior mágico de sua época, foi convidado por Luís Napoleão a cumprir uma missão por seu país: persuadir os líderes muçulmanos na Argélia e seu povo de que a França possui sacerdotes dotados de poderes miraculosos.
Um grupo muçulmano chamado de Maraboutes incitavam uma revolta com as tribos locais. Realizavam pequenos truques de mágica com o intuito de convencer de que tinham poderes místicos vindos de Deus, e com isso conclamavam uma guerra-santa contra o novo colonizador. Para preservar a ordem local, e permitir o tempo para organização das tropas francesas, Robert-Houdin aceitou ir para a Argélia para mostrar que os maraboutes não eram páreo aos "feiticeiros" da França.
Robert-Houdin, em sua apresentação para os chefes tribais, produziu balas de canhão e fez aparecer moedas de suas mãos. Convidou um chefe a tentar levantar uma caixa que, na frente de todos, tinha sido antes facilmente transportada. Na mesma ocasião fez um nativo desaparecer. Desafiado a um duelo a ser realizado com pistolas dos próprios Maraboutes, Robert-Houdin solicitou que o desafio fosse realizado no dia seguinte às 8 horas da manhã, pois precisaria orar durante 6 horas. Uma vez o mágico francês tendo se auto-proclamado como invencível, o nativo tinha o direito ao primeiro disparo.
Ele não orou. Passou horas se preparando. O maraboute levou as pistolas e as balas, e ofereceu a Robert-Houdin que escolhesse as balas que havia trazido. O desafiante carregou as armas. O Francês andou 15 passos e voltou-se para o adversário sem um traço de emoção em seu rosto. A pistola do maraboute disparou e Robert-Houdin sorriu. Ele havia pego a bala com os dentes.
Convencidos de que os poderes mágicos franceses estavam acima dos poderes locais, a rebelião cessou. Em 1957 as tropas francesas dominaram as tribos locais e consumaram a conquista da Argélia.
domingo, 24 de julho de 2011
Malleus Maleficarum
O Malleus Maleficarum (traduzido para português como Martelo das Feiticeiras ou Martelo das Bruxas) é um livro escrito em 1484 e publicado em 1486 (ou 1487), por dois monges alemães dominicanos, Heinrich Kramer e James Sprenger, que se tornou uma espécie de "manual contra a bruxaria". O livro foi amplamente utilizado pelos inquisidores por aproximadamente duzentos e cinqüenta anos, até o fim da Santa Inquisição, e servia para identificar bruxas e os malefícios causados por elas, além dos procedimentos legais para acusá-las e condená-las.
O Malleus Maleficarum traz inúmeras e exageradas descrições e, até certo ponto, apelativas e incoerentes. O livro divide-se em três partes distintas, sendo que cada parte subdivide-se em capítulos chamados de Questões. A primeira parte, que contém dezoito questões, ensina a reconhecer bruxas em seus múltiplos disfarces e atitudes. A segunda parte traz apenas duas ques- tões, mas a primeira está subdividida em dezesseis capítulos e a segunda em oito capítulos. Esta segunda parte expõe os tipos de malefícios, classificando-os e explicando-os detalhadamente, e os métodos para desfazê-los. A terceira e última parte, que contém uma introdução geral e trinta e cinco questões subdivididas, condiciona as formalidades para agir "legalmente" contra as bruxas, demonstrando como inquiri-las e condená-las, tanto nos tribunais civis como eclesiásticos.
As teses centrais do Malleus Maleficarum fundamentaram-se na idéia de que o demônio, sob a permissão de Deus, procura fazer o máximo de mal aos homens para apropriar-se de suas almas. Este mal é feito prioritariamente através do corpo, único canal em que o demônio pode predominar. A influência demo- níaca é feita através do controle da sexualidade, e por ela, o demônio se apropria primeiramente do corpo e depois da alma do homem. Segundo o livro, as mulheres são o maior canal de ação demoníaca.
Ainda, a primeira e mais importante característica descrita no livro, responsável por todo o poder das feiticeiras, é copular com o demônio. Portanto, Satã é o "senhor do prazer". Dessa forma, uma vez obtida a relação com o demônio, as feiticeiras são capazes de desencadear todos os males, especialmente impotência masculina, impossibilidade de livrar-se de paixões desorde- nadas, oferendas de crianças à Satã, abortos, destruição das colheitas, doenças nos animais, entre outros. Porém, no próprio livro é citado que o coito com o demônio não seria exatamente carnal, já que estas criaturas eram espíritos, mas ocorria através de rituais orgíacos.
O surgimento do Malleus Maleficarum
No início do século IX, havia a crença popular sobre existência de bruxos que, através de artifícios sobrenaturais, eram capazes de provocar discórdia, doenças e morte. Por sua vez, a Igreja não aceitava a existência de bruxos e ainda, baseado no Conselho eclesiástico de São Patrício (St. Patrick), afirmava que "um cristão que acreditasse em vampiros, era o mesmo que declarar-se bruxo, confesso ao demônio" e "pessoas com crenças não poderiam ser aceitas pela Igreja a menos que revogue com suas palavras o crime que cometeu".
Na segunda metade do século X já havia penalidades severas para quem fizesse uso de artes mágicas. No século XIV (1326) a Igreja autoriza a Inquisição a investigar os casos de bruxaria. Pouco mais de cem anos depois, em 1430, teólogos cristãos começam a escrever livros que "provam" a existência de bruxos. O livro Formicarius, escrito por Thomas de Brabant, em 1480, aborda a relação entre o homem e a bruxaria.
Em uma sociedade na qual a religiosidade, política, sexualidade e artes estavam interligadas e sob o domínio da Igreja, transgredir as normas de conduta em apenas um desses campos, acarretaria, por conseqüência, numa transgressão generalizada e direta sobre o poder do clero. Dessa forma, sob o papado de Inocêncio VIII, o Malleus Maleficarum nasceu da necessidade que a Igreja Católica tinha de organizar e legitimar suas práticas, principalmente quando relacionadas à Santa Inquisição, que já atuava desde o final do século XII. Até aquele momento, não havia uma referência oficial que abordasse a questão da bruxaria. Fazia-se necessário um documento escrito, aprovado pelo corpo eclesiástico, que tivesse valor legal e determinasse com maior precisão possível, as práticas de feitiçaria e suas respectivas punições.
Heinrich Kramer e James Sprenger, através de uma bula de Inocêncio VIII, foram nomeados inquisidores para que investigassem as práticas de bruxaria nas províncias do norte da Alemanha e incumbidos de produzir a obra que institucionaliza-se e legitima-se a ação da Igreja. Por aproximadamente dois anos, encarregaram-se da produção do espesso trabalho de mais de quatrocentas páginas. Por fim, o Formicarius foi acoplado e passou a fazer parte do tratado eclesiástico intitulado Malleus Maleficarum. A imprensa, recém surgida, facilitou a divulgação da campanha movida pela Igreja contra as feiticeiras.
Mulheres & Feiticeiras
Tradicionalmente, nas culturas pré-cristãs, a mulher era objeto de adoração e respeito. Era a fonte doadora da vida e símbolo da fertilidade. Porém, mesmo sob a alegação formal de combater a heresia em todas as suas variações, as descrições contidas no Malleus Maleficarum, fundamentadas em conceitos de uma civilização patriarcal, contribuíram para construir uma idéia fantasiosa e infamante sobre as mulheres.
Esta idéia podia ser legitimada através do preceito que Eva surgiu de uma costela torta de Adão. Logo, ocorreu a associação que, conseqüentemente, todas as mulheres não podiam ser retas em sua conduta. Ainda, o pecado original ocorreu através do ato sexual (na metáfora de Adão e Eva comendo maçã) e, assim, a sexualidade era o ponto mais vulnerável do ser humano. Portanto, segundo o livro, "mas a razão natural está em que a mulher é mais carnal do que o homem, o que se evidencia pelas suas muitas abominações carnais".
Desse modo, qualquer mulher que se dispusesse a tratar pequenas enfermidades ou ferimentos com preparados do- mésticos à base de ervas, morasse sozinha e tivesse um animal de estimação (um gato, por exemplo), tivesse com- portamento pernicioso, entre outras alegações superficiais, podia ser acusada de bruxaria.
A tortura, como é sugerida no próprio Malleus Malefi- carum, era o método utilizado para extrair as confissões das supostas bruxas. Aparelhos como A dama de ferro e a Cadeira das Bruxas eram amplamente utilizados. Além de torturas menos sofisticadas, como aquecimento dos pés ou introdução de ferros sob as unhas. Deste modo, a ré passava por tantos suplícios que acabava por admitir as sentenças elaboradas pelo inquisidor.
Ainda, as lendas em torno das supostas bruxas propa- gavam-se entre o povo. Através da ação demoníaca, uma mulher podia ser capaz de se transformar em animais, voar e manipular a vontade, confundir o pensamento e a atitude de outras pessoas. Provocar ereção masculina ou a impotência sexual; além de inibir ou aumentar a libido de suas vítimas. As bruxas, em seus rituais, dançavam nuas nos campos e se alimentavam de fetos e cadáveres.
Atualmente, aos olhos da ciência moderna, principalmente da psicanálise, diversos "sintomas e indícios" de possessão demoníaca descritos no Malleus Maleficarum são apenas disfunções mentais, como histeria e alucinações. O ocorrido em Salem, Nova Inglaterra, no fim do século XVII, é um bom exemplo de histeria coletiva. Ainda sob o olhar dos historiadores modernos, os motivos que levaram à produção do Malleus Maleficarum não são mais que artimanhas políticas com pouca ou nenhuma argumentação religiosa.
De qualquer forma, o Malleus Maleficarum é um produto religioso e político dos mais significativos da Idade Média. Não é possível dissociá-lo do contexto histórico da Santa Inquisição, da Igreja Católica medieval, tampouco dos principais acontecimentos daquela época, como a peste negra, a queda do sistema feudal, a invenção da imprensa e o início da Renascença. Isto porque, de forma direta ou até mesmo contraditória, um acontecimento impacta sobre outro. Assim, o Malleus Maleficarum é mais que um "código penal eclesiástico" utilizado na Idade Média; é um registro fiel do que foi parte do pensamento da Igreja Católica medieval, com uma imensa oposição à figura da mulher e um desejo ensandecido de manter a autoridade política, econômica e religiosa e, desse modo, de todo um contexto deste capítulo da história da humanidade.
Download Disponível:
*Malleus Maleficarum (espanhol)
http://www.spectrumgothic.com.br/downloads/ocultismo/livros/malleus_maleficarum.zip
O Malleus Maleficarum traz inúmeras e exageradas descrições e, até certo ponto, apelativas e incoerentes. O livro divide-se em três partes distintas, sendo que cada parte subdivide-se em capítulos chamados de Questões. A primeira parte, que contém dezoito questões, ensina a reconhecer bruxas em seus múltiplos disfarces e atitudes. A segunda parte traz apenas duas ques- tões, mas a primeira está subdividida em dezesseis capítulos e a segunda em oito capítulos. Esta segunda parte expõe os tipos de malefícios, classificando-os e explicando-os detalhadamente, e os métodos para desfazê-los. A terceira e última parte, que contém uma introdução geral e trinta e cinco questões subdivididas, condiciona as formalidades para agir "legalmente" contra as bruxas, demonstrando como inquiri-las e condená-las, tanto nos tribunais civis como eclesiásticos.
As teses centrais do Malleus Maleficarum fundamentaram-se na idéia de que o demônio, sob a permissão de Deus, procura fazer o máximo de mal aos homens para apropriar-se de suas almas. Este mal é feito prioritariamente através do corpo, único canal em que o demônio pode predominar. A influência demo- níaca é feita através do controle da sexualidade, e por ela, o demônio se apropria primeiramente do corpo e depois da alma do homem. Segundo o livro, as mulheres são o maior canal de ação demoníaca.
Ainda, a primeira e mais importante característica descrita no livro, responsável por todo o poder das feiticeiras, é copular com o demônio. Portanto, Satã é o "senhor do prazer". Dessa forma, uma vez obtida a relação com o demônio, as feiticeiras são capazes de desencadear todos os males, especialmente impotência masculina, impossibilidade de livrar-se de paixões desorde- nadas, oferendas de crianças à Satã, abortos, destruição das colheitas, doenças nos animais, entre outros. Porém, no próprio livro é citado que o coito com o demônio não seria exatamente carnal, já que estas criaturas eram espíritos, mas ocorria através de rituais orgíacos.
O surgimento do Malleus Maleficarum
No início do século IX, havia a crença popular sobre existência de bruxos que, através de artifícios sobrenaturais, eram capazes de provocar discórdia, doenças e morte. Por sua vez, a Igreja não aceitava a existência de bruxos e ainda, baseado no Conselho eclesiástico de São Patrício (St. Patrick), afirmava que "um cristão que acreditasse em vampiros, era o mesmo que declarar-se bruxo, confesso ao demônio" e "pessoas com crenças não poderiam ser aceitas pela Igreja a menos que revogue com suas palavras o crime que cometeu".
Na segunda metade do século X já havia penalidades severas para quem fizesse uso de artes mágicas. No século XIV (1326) a Igreja autoriza a Inquisição a investigar os casos de bruxaria. Pouco mais de cem anos depois, em 1430, teólogos cristãos começam a escrever livros que "provam" a existência de bruxos. O livro Formicarius, escrito por Thomas de Brabant, em 1480, aborda a relação entre o homem e a bruxaria.
Em uma sociedade na qual a religiosidade, política, sexualidade e artes estavam interligadas e sob o domínio da Igreja, transgredir as normas de conduta em apenas um desses campos, acarretaria, por conseqüência, numa transgressão generalizada e direta sobre o poder do clero. Dessa forma, sob o papado de Inocêncio VIII, o Malleus Maleficarum nasceu da necessidade que a Igreja Católica tinha de organizar e legitimar suas práticas, principalmente quando relacionadas à Santa Inquisição, que já atuava desde o final do século XII. Até aquele momento, não havia uma referência oficial que abordasse a questão da bruxaria. Fazia-se necessário um documento escrito, aprovado pelo corpo eclesiástico, que tivesse valor legal e determinasse com maior precisão possível, as práticas de feitiçaria e suas respectivas punições.
Heinrich Kramer e James Sprenger, através de uma bula de Inocêncio VIII, foram nomeados inquisidores para que investigassem as práticas de bruxaria nas províncias do norte da Alemanha e incumbidos de produzir a obra que institucionaliza-se e legitima-se a ação da Igreja. Por aproximadamente dois anos, encarregaram-se da produção do espesso trabalho de mais de quatrocentas páginas. Por fim, o Formicarius foi acoplado e passou a fazer parte do tratado eclesiástico intitulado Malleus Maleficarum. A imprensa, recém surgida, facilitou a divulgação da campanha movida pela Igreja contra as feiticeiras.
Mulheres & Feiticeiras
Tradicionalmente, nas culturas pré-cristãs, a mulher era objeto de adoração e respeito. Era a fonte doadora da vida e símbolo da fertilidade. Porém, mesmo sob a alegação formal de combater a heresia em todas as suas variações, as descrições contidas no Malleus Maleficarum, fundamentadas em conceitos de uma civilização patriarcal, contribuíram para construir uma idéia fantasiosa e infamante sobre as mulheres.
Esta idéia podia ser legitimada através do preceito que Eva surgiu de uma costela torta de Adão. Logo, ocorreu a associação que, conseqüentemente, todas as mulheres não podiam ser retas em sua conduta. Ainda, o pecado original ocorreu através do ato sexual (na metáfora de Adão e Eva comendo maçã) e, assim, a sexualidade era o ponto mais vulnerável do ser humano. Portanto, segundo o livro, "mas a razão natural está em que a mulher é mais carnal do que o homem, o que se evidencia pelas suas muitas abominações carnais".
Desse modo, qualquer mulher que se dispusesse a tratar pequenas enfermidades ou ferimentos com preparados do- mésticos à base de ervas, morasse sozinha e tivesse um animal de estimação (um gato, por exemplo), tivesse com- portamento pernicioso, entre outras alegações superficiais, podia ser acusada de bruxaria.
A tortura, como é sugerida no próprio Malleus Malefi- carum, era o método utilizado para extrair as confissões das supostas bruxas. Aparelhos como A dama de ferro e a Cadeira das Bruxas eram amplamente utilizados. Além de torturas menos sofisticadas, como aquecimento dos pés ou introdução de ferros sob as unhas. Deste modo, a ré passava por tantos suplícios que acabava por admitir as sentenças elaboradas pelo inquisidor.
Ainda, as lendas em torno das supostas bruxas propa- gavam-se entre o povo. Através da ação demoníaca, uma mulher podia ser capaz de se transformar em animais, voar e manipular a vontade, confundir o pensamento e a atitude de outras pessoas. Provocar ereção masculina ou a impotência sexual; além de inibir ou aumentar a libido de suas vítimas. As bruxas, em seus rituais, dançavam nuas nos campos e se alimentavam de fetos e cadáveres.
Atualmente, aos olhos da ciência moderna, principalmente da psicanálise, diversos "sintomas e indícios" de possessão demoníaca descritos no Malleus Maleficarum são apenas disfunções mentais, como histeria e alucinações. O ocorrido em Salem, Nova Inglaterra, no fim do século XVII, é um bom exemplo de histeria coletiva. Ainda sob o olhar dos historiadores modernos, os motivos que levaram à produção do Malleus Maleficarum não são mais que artimanhas políticas com pouca ou nenhuma argumentação religiosa.
De qualquer forma, o Malleus Maleficarum é um produto religioso e político dos mais significativos da Idade Média. Não é possível dissociá-lo do contexto histórico da Santa Inquisição, da Igreja Católica medieval, tampouco dos principais acontecimentos daquela época, como a peste negra, a queda do sistema feudal, a invenção da imprensa e o início da Renascença. Isto porque, de forma direta ou até mesmo contraditória, um acontecimento impacta sobre outro. Assim, o Malleus Maleficarum é mais que um "código penal eclesiástico" utilizado na Idade Média; é um registro fiel do que foi parte do pensamento da Igreja Católica medieval, com uma imensa oposição à figura da mulher e um desejo ensandecido de manter a autoridade política, econômica e religiosa e, desse modo, de todo um contexto deste capítulo da história da humanidade.
Download Disponível:
*Malleus Maleficarum (espanhol)
http://www.spectrumgothic.com.br/downloads/ocultismo/livros/malleus_maleficarum.zip
imagine como seriam os mágicos na época da Santa Inquisição
"Não permitirás que viva uma feiticeira".
(Êxodo – Cap. XXII – Versículo XVIII)
No século IV, quando o Cristianismo se propagava, a Igreja Católica havia tomado santuários e templos sagrados de povos pagãos, para implantar sua religiosidade e erigir suas igrejas. Nos primórdios do Catolicismo, acreditavam que os pagãos continuariam a freqüentar estes lugares sagrados para reverenciarem seus Deuses. Mas com o passar do tempo, assimilariam o cristia- nismo substituindo o paganismo, através da anulação.
Mesmo assim, por toda a parte, havia uma constante veneração às divindades pagãs. Ao longo dos séculos, a estratégia da Igreja Católica não funcionou, e através da Inquisição, de uma forma ensandecida e sádica, as autoridades eclesiásticas tentaram apagar de uma vez por todas a figura da Grande Deusa Mãe, como principal divindade cultuada sobre todos os extremos da Terra. O Catolicismo medieval transfor- mou o culto à Grande Deusa Mãe, num culto satânico, promo- vendo uma campanha de que a adoração dos deuses pagãos era equivalente à servidão a satã.
Inquisição é o ato de inquirir, isto é, indagar, investigar, interrogar judicialmente. No caso da Santa Inquisição, significa "questionar judicialmente aqueles que, de uma forma ou de outra, se opõem aos preceitos da Igreja Católica". Dessa forma, a Santa Inquisição, também conhecida como Santo Ofício, foi um tribunal eclesiástico criado com a finalidade "oficial" de investigar e punir os crimes contra a fé católica. Na prática, os pagãos representavam uma constante ameaça à autoridade clerical e a Inquisição era um recurso para impor à força a supremacia católica, exterminando todos que não aceitavam o cristianismo nos padrões impostos pela Igreja. Posteriormente, a Santa Inquisição passou a ser utilizada também como um meio de coação, de forma a manipular as autoridades como meio de obter vantagens políticas.
A Santa Inquisição teve seu início no ano de 1184, em Verona, com o Papa Lúcio III. Em 1198, o Papa Inocêncio III já havia liderado uma cruzada contra os albigenses (hereges do sul da França), promovendo execuções em massa. Em 1229, sob a liderança do Papa Gregório IX, no Concílio de Tolouse, foi oficialmente criada a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício. Em 1252, o Papa Inocêncio IV publicou o documento intitulado Ad Exstirpanda, que foi fundamental na execução do plano de exterminar os hereges. O Ad Exstirpanda foi renovado e reforçado por vários papas nos anos seguintes. Em 1320, a Igreja (a pedido do Papa João XXII) declarou oficialmente que a Bruxaria, e a Antiga Religião dos pagãos constituíam um movimento e uma "ameaça hostil" ao cristianismo.
Os inquisidores, cidadãos encarregados de investigar e denunciar os hereges, eram doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil. Inquisidores e informantes eram muito bem pagos. Todos os que testemunhassem contra uma pessoa supostamente herege, recebiam uma parte de suas propriedades e riquezas, caso a vítima fosse condenada.
Os inquisidores deveriam ter no mínimo 40 anos de idade. Sua autoridade era outorgada pelo Papa através de uma bula, que também podia incumbir o poder de nomear os inquisidores a um Cardeal representante, bem como a padres e frades franciscanos e dominicanos. As autoridades civis, sob a ameaça de excomunhão em caso de recusa, eram ordenadas a queimar os hereges. Camponeses eram incentivados (ludibriados com a promessa de ascenderem ao reino divino ou através de recompensas financeras) a cooperarem com os inquisidores. A caça às Bruxas tornou-se muito lucrativa.
Malleus Maleficarum
Alguns itens contidos no Malleus Maleficarum que tornavam as pessoas vulneráveis à ação da Santa Inquisição:
*Difamação notória por várias pessoas que afirmassem ser o acusado um Bruxo.
*Se um Bruxo desse testemunho de que o acusador também era Bruxo.
*Se o suspeito fosse filho, irmão, servo, amigo, vizinho ou antigo companheiro de um Bruxo.
*Se fosse encontrada a suposta marca do Diabo no suspeito.
Além da Europa, a Inquisição também fez vítimas no continente americano. Em Cuba iniciou-se em 1516 sob o comando de dom Juan de Quevedo, bispo de Cuba, que eliminou setenta e cinco hereges. Em 1692, no povoado de Salem, Nova Inglaterra (atual E.U.A.), dezenove pessoas foram enforcadas após uma histeria coletiva de acusações. No Brasil há notícias de que a Inquisição atuou no século XVIII. No período entre 1721 e 1777, cento e trinta e nove pessoas foram queimadas vivas.
No século XVIII chega ao fim as perseguições aos pagãos, sendo que a lei da Inquisição permaneceu em vigor até meados do século XX, mesmo que teoricamente. Na Escócia, a lei foi abolida em 1736, na França em 1772, e na Espanha em 1834. O pesquisador Justine Glass afirma que cerca de nove milhões de pessoa foram acusadas e mortas, entre os séculos que durou a perseguição.
(Êxodo – Cap. XXII – Versículo XVIII)
No século IV, quando o Cristianismo se propagava, a Igreja Católica havia tomado santuários e templos sagrados de povos pagãos, para implantar sua religiosidade e erigir suas igrejas. Nos primórdios do Catolicismo, acreditavam que os pagãos continuariam a freqüentar estes lugares sagrados para reverenciarem seus Deuses. Mas com o passar do tempo, assimilariam o cristia- nismo substituindo o paganismo, através da anulação.
Mesmo assim, por toda a parte, havia uma constante veneração às divindades pagãs. Ao longo dos séculos, a estratégia da Igreja Católica não funcionou, e através da Inquisição, de uma forma ensandecida e sádica, as autoridades eclesiásticas tentaram apagar de uma vez por todas a figura da Grande Deusa Mãe, como principal divindade cultuada sobre todos os extremos da Terra. O Catolicismo medieval transfor- mou o culto à Grande Deusa Mãe, num culto satânico, promo- vendo uma campanha de que a adoração dos deuses pagãos era equivalente à servidão a satã.
Inquisição é o ato de inquirir, isto é, indagar, investigar, interrogar judicialmente. No caso da Santa Inquisição, significa "questionar judicialmente aqueles que, de uma forma ou de outra, se opõem aos preceitos da Igreja Católica". Dessa forma, a Santa Inquisição, também conhecida como Santo Ofício, foi um tribunal eclesiástico criado com a finalidade "oficial" de investigar e punir os crimes contra a fé católica. Na prática, os pagãos representavam uma constante ameaça à autoridade clerical e a Inquisição era um recurso para impor à força a supremacia católica, exterminando todos que não aceitavam o cristianismo nos padrões impostos pela Igreja. Posteriormente, a Santa Inquisição passou a ser utilizada também como um meio de coação, de forma a manipular as autoridades como meio de obter vantagens políticas.
A caça às bruxas
Os inquisidores, cidadãos encarregados de investigar e denunciar os hereges, eram doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil. Inquisidores e informantes eram muito bem pagos. Todos os que testemunhassem contra uma pessoa supostamente herege, recebiam uma parte de suas propriedades e riquezas, caso a vítima fosse condenada.
Os inquisidores deveriam ter no mínimo 40 anos de idade. Sua autoridade era outorgada pelo Papa através de uma bula, que também podia incumbir o poder de nomear os inquisidores a um Cardeal representante, bem como a padres e frades franciscanos e dominicanos. As autoridades civis, sob a ameaça de excomunhão em caso de recusa, eram ordenadas a queimar os hereges. Camponeses eram incentivados (ludibriados com a promessa de ascenderem ao reino divino ou através de recompensas financeras) a cooperarem com os inquisidores. A caça às Bruxas tornou-se muito lucrativa.
Geralmente as vítimas não conheciam seus acusadores, que podiam ser homens, mulheres e até crianças. O processo de acusação, julgamento e execução era rápido, sem formalidades, sem direito à defesa. Ao réu, a única alternativa era confessar e retratar-se, renunciar sua fé e aceitar o domínio e a autoridade da Igreja Católica. Os direitos de liberdade e de livre escolha não eram respeitados. Os acusados eram feitos prisioneiros e, sob tortura, obrigados a confessarem sua condição herética. As mulheres, que eram a maioria, comumente eram vítimas de estupro. A execução era realizada, geralmente, em praça pública sob os olhos de todos os moradores. Punir publicamente era uma forma de coagir e intimidar a população. A vítima podia ser enforcada, decapitada, ou, na maioria das vezes, queimada.
Malleus Maleficarum
Em 1486 foi publicado um livro chamado Malleus Maleficarum (Martelo das Bruxas) escrito por dois monges dominicanos, Heinrich Kramer e James Sprenger. O Malleus Maleficarum é uma espécie de manual que ensina os inquisidores a reconhecerem as bruxas e seus disfarces, além de identificar seus supostos malefícios, investigá-las e condená-las legalmente. Além disso, também continha instruções detalhadas de como torturar os acusados de bruxaria para que confessassem seus supostos crimes, e uma série de formalidades para a execução dos condenados. Ainda, o tratado afirmava que as mulheres deveriam ser as mais visadas, pois são naturalmente propensas à feitiçaria. O livro foi amplamente usado por supostos "caçadores de bruxas" como uma forma de legitimar suas práticas.
Alguns itens contidos no Malleus Maleficarum que tornavam as pessoas vulneráveis à ação da Santa Inquisição:
*Difamação notória por várias pessoas que afirmassem ser o acusado um Bruxo.
*Se um Bruxo desse testemunho de que o acusador também era Bruxo.
*Se o suspeito fosse filho, irmão, servo, amigo, vizinho ou antigo companheiro de um Bruxo.
*Se fosse encontrada a suposta marca do Diabo no suspeito.
(coloquei um link para baixar o Malleu Maleficarum)
Hecatombe
Gradativamente, contando com o apoio e o interesse das monarquias européias, a carnificina se espalhou por todo o continente. Para que se tenha uma idéia, em Lavaur, em 1211, o governador foi enforcado e a esposa lançada num poço e esmagada com pedras; além de quatrocentas pessoas que foram queimadas vivas. No massacre de Merindol, quinhentas mulheres foram trancadas em um celeiro ao qual atearam fogo. Os julgamentos em Toulouse, na França, em 1335, levaram diversas pessoas à fogueira; setecentos feiticeiros foram queimados em Treves, quinhentos em Bamberg. Com exceção da Inglaterra e dos EUA, os acusados eram queimados em estacas. Na Itália e Espanha, as vítimas eram queimadas vivas. Na França, Escócia e Alemanha, usavam madeiras verdes para prolongar o sofrimento dos condenados. Ainda, a noite de 24 de agosto de 1572, que ficou conhecida como "A noite de São Bartolomeu", é considerada "a mais horrível entre as ações inquisidoras de todos os séculos". Com o consentimento do Papa Gregório XIII, foram eliminados cerca de setenta mil pessoas em apenas alguns dias.
Além da Europa, a Inquisição também fez vítimas no continente americano. Em Cuba iniciou-se em 1516 sob o comando de dom Juan de Quevedo, bispo de Cuba, que eliminou setenta e cinco hereges. Em 1692, no povoado de Salem, Nova Inglaterra (atual E.U.A.), dezenove pessoas foram enforcadas após uma histeria coletiva de acusações. No Brasil há notícias de que a Inquisição atuou no século XVIII. No período entre 1721 e 1777, cento e trinta e nove pessoas foram queimadas vivas.
No século XVIII chega ao fim as perseguições aos pagãos, sendo que a lei da Inquisição permaneceu em vigor até meados do século XX, mesmo que teoricamente. Na Escócia, a lei foi abolida em 1736, na França em 1772, e na Espanha em 1834. O pesquisador Justine Glass afirma que cerca de nove milhões de pessoa foram acusadas e mortas, entre os séculos que durou a perseguição.
Aos apaixonados pela cultura gótica, e por seu lado obscuro, pode usar o Googoth como ferramenta de pesquisa (Antigo http://googoth.multimania.com/), que hoje é apresentado somente no endereço www.googoth.com/ .
***Site especializado no assunto. Saiba mais clicando na imagem ao lado. (Site em inglês)
Caso queira testar a ferramenta de busca coloquei o link logo abaixo da imagem:
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sexta-feira, 15 de julho de 2011
O MISTÉRIO DO TEMPO
É difícil manter-nos sensatos quando penetramos no mistério do tempo. Alguém disse: o tempo é Deus, pois é infinito. Eterno, desconhecido e todo poderoso. As dimensões, as noções, tudo o que é material e tudo que não o é, tudo pode desaparecer, exceto o tempo, que desafia o próprio nada. O tempo azul ou negro, indestrutível e paciente, ungido de silêncio e de inacessibilidade, indomável. No domínio cientifico, o tempo é um desconhecido que se interpreta e acomoda, mas sempre, no fim de contas, com um erro inevitável.
Nós ignoramos totalmente em que ano vivemos, 1965, 1982, 2011 são aproximações apoiadas em uma incerteza maior: a data de nascimento de Cristo.
Conta-se uma anedota curiosa da qual o tempo, o diabo e um alquimista são os heróis. O alquimista, para conseguir o segredo da transmutação, assinara um pacto com o diabo a 5 de outubro, festa de São Francisco de Assis, no ano da graça de 1573. Tratava-se de um contrato 3-6-9 que o arrendatário assinou com o próprio sangue, comprometendo-se a entregar a alma no vencimento do prazo, ou seja ao fim de nove anos, exatamente.
No primeiro ano, revelou o segredo do ouro e o alquimista tornou-se muito rico; no terceiro ano, revelou o segredo do poder e o alquimista transformou-se em uma personalidade importante; no sexto ano, para evitar a anulação revelou o segredo da juventude e o alquimista cessou de envelhecer. Mas chegou o nono ano, e o Diabo, a 4 de Outubro, ao anoitecer, foi bater a porta de predestinado para o Inferno.
A porta foi-lhe aberta por lacaios que o precederam numa suntuosa sala onde estava a mesa posta com dois lugares: pratos de ouro e tigelas de esmalte, vinhos franceses e iguarias suculentas, frutas maduras e sobremesas das ilhas.
- Posto isso – disse o diabo – creio, compadre, que desejas abandonar este mundo no meio de grande jubilo?
- Eu aguardava-vos mestre Satanás, e convido-vos a jantar comigo! Eram apenas dez horas da noite e o diabo pensou que seria agradável festejar enquanto esperava pela hora de receber a mercadoria, á noite.
Sentou-se portanto diante do alquimista e comeu tanto como ele, lançando de vez em quando uma olhadela ao relógio de parede, pois nada é mais importante para o coração de um Diabo do que a posse da alma de um cristão. Por fim, os ponteiros marcaram meia noite e menos dois minutos e Satanás não pode conter-se.
- Compadre, tem de se preparar para me seguir. Daqui a dois minutos já estaremos no dia 5. Contratos são contratos!
- Quer então dizer ...? perguntou o alquimista.
- Quer dizer que a 5 de Outubro de 1573 assinaste um pacto comigo, no qual te comprometeste a entregar-me a tua alma exatamente nove anos depois. Um pacto é um pacto, e ninguém pode dizer ao contrário!
- E quando deverei portanto dar-vos a minha alma, mestre Satanás?
- A 5 de Outubro... ou seja dentro de um minuto e trinta segundos exatamente.
- É assim tão urgente, mestre Satanás?
- O pacto fala no dia 5 de Outubro e não em qualquer outro dia. Portanto... Agora é dentro de um minuto.
- Dizeis de fato 5 de Outubro?
- Sim, digo 5 de Outubro... Nem quatro, nem seis, mas justamente cinco e vou resolver o assunto.
- Um segundo por favor mestre!
Assim que acabou de proferir esta frase, o alquimista bateu palmas e entraram na sala dois frades leigos. – Perdeste, compadre – troçou o Diabo. – Os irmãos leigos nada podem fazer, o que esta assinado esta assinado e...
O relógio deu as doze badaladas da meia noite no meio de um silêncio solene e o demônio prosseguiu:
- Agora estamos no dia 5 de Outubro e a tua alma pertence-me!
- Enganai-vos! Exclamou o suposto danado. – Enganai-vos mestre Satanás! Perguntai-o então a estes irmãos!
Eles devem dizer a verdade e, se estamos no dia 5 de Outubro, a minha alma pertencer-vos-á!
- Pois bem – disse Satanás dirigindo-se aos irmãos – em que sai estamos nós?
- Este dia é o 15 de Outubro do ano da graça, pode dizer-se, de 1582, por decisão de Sua Santidade Gregório XIII que acaba de reformar o calendário Juliano. Em todos os estados católicos do Mundo, este é o dia 15 de outubro!
- Podeis jurá-lo? Perguntou Satanás.
- Juramo-lo perante Deus – disseram os irmãos leigos.
Houve um grande turbilhão de chamas e de fumo, um nauseabundo cheiro de enxofre e o Diabo desapareceu.
Era verdade: no dia 5 de Outubro de 1582, o tempo dera um salto de gato para por no seu lugar o equinócio da Primavera, que retrocedera dez dias por causa do calendário de Julio César.
E o Papa ordenara que esse dia 5 de Outubro ficaria a ser 15.
O alquimista chamava-se o conde de Saint-Germain.
Nós ignoramos totalmente em que ano vivemos, 1965, 1982, 2011 são aproximações apoiadas em uma incerteza maior: a data de nascimento de Cristo.
Conta-se uma anedota curiosa da qual o tempo, o diabo e um alquimista são os heróis. O alquimista, para conseguir o segredo da transmutação, assinara um pacto com o diabo a 5 de outubro, festa de São Francisco de Assis, no ano da graça de 1573. Tratava-se de um contrato 3-6-9 que o arrendatário assinou com o próprio sangue, comprometendo-se a entregar a alma no vencimento do prazo, ou seja ao fim de nove anos, exatamente.
No primeiro ano, revelou o segredo do ouro e o alquimista tornou-se muito rico; no terceiro ano, revelou o segredo do poder e o alquimista transformou-se em uma personalidade importante; no sexto ano, para evitar a anulação revelou o segredo da juventude e o alquimista cessou de envelhecer. Mas chegou o nono ano, e o Diabo, a 4 de Outubro, ao anoitecer, foi bater a porta de predestinado para o Inferno.
A porta foi-lhe aberta por lacaios que o precederam numa suntuosa sala onde estava a mesa posta com dois lugares: pratos de ouro e tigelas de esmalte, vinhos franceses e iguarias suculentas, frutas maduras e sobremesas das ilhas.
- Posto isso – disse o diabo – creio, compadre, que desejas abandonar este mundo no meio de grande jubilo?
- Eu aguardava-vos mestre Satanás, e convido-vos a jantar comigo! Eram apenas dez horas da noite e o diabo pensou que seria agradável festejar enquanto esperava pela hora de receber a mercadoria, á noite.
Sentou-se portanto diante do alquimista e comeu tanto como ele, lançando de vez em quando uma olhadela ao relógio de parede, pois nada é mais importante para o coração de um Diabo do que a posse da alma de um cristão. Por fim, os ponteiros marcaram meia noite e menos dois minutos e Satanás não pode conter-se.
- Compadre, tem de se preparar para me seguir. Daqui a dois minutos já estaremos no dia 5. Contratos são contratos!
- Quer então dizer ...? perguntou o alquimista.
- Quer dizer que a 5 de Outubro de 1573 assinaste um pacto comigo, no qual te comprometeste a entregar-me a tua alma exatamente nove anos depois. Um pacto é um pacto, e ninguém pode dizer ao contrário!
- E quando deverei portanto dar-vos a minha alma, mestre Satanás?
- A 5 de Outubro... ou seja dentro de um minuto e trinta segundos exatamente.
- É assim tão urgente, mestre Satanás?
- O pacto fala no dia 5 de Outubro e não em qualquer outro dia. Portanto... Agora é dentro de um minuto.
- Dizeis de fato 5 de Outubro?
- Sim, digo 5 de Outubro... Nem quatro, nem seis, mas justamente cinco e vou resolver o assunto.
- Um segundo por favor mestre!
Assim que acabou de proferir esta frase, o alquimista bateu palmas e entraram na sala dois frades leigos. – Perdeste, compadre – troçou o Diabo. – Os irmãos leigos nada podem fazer, o que esta assinado esta assinado e...
O relógio deu as doze badaladas da meia noite no meio de um silêncio solene e o demônio prosseguiu:
- Agora estamos no dia 5 de Outubro e a tua alma pertence-me!
- Enganai-vos! Exclamou o suposto danado. – Enganai-vos mestre Satanás! Perguntai-o então a estes irmãos!
Eles devem dizer a verdade e, se estamos no dia 5 de Outubro, a minha alma pertencer-vos-á!
- Pois bem – disse Satanás dirigindo-se aos irmãos – em que sai estamos nós?
- Este dia é o 15 de Outubro do ano da graça, pode dizer-se, de 1582, por decisão de Sua Santidade Gregório XIII que acaba de reformar o calendário Juliano. Em todos os estados católicos do Mundo, este é o dia 15 de outubro!
- Podeis jurá-lo? Perguntou Satanás.
- Juramo-lo perante Deus – disseram os irmãos leigos.
Houve um grande turbilhão de chamas e de fumo, um nauseabundo cheiro de enxofre e o Diabo desapareceu.
Era verdade: no dia 5 de Outubro de 1582, o tempo dera um salto de gato para por no seu lugar o equinócio da Primavera, que retrocedera dez dias por causa do calendário de Julio César.
E o Papa ordenara que esse dia 5 de Outubro ficaria a ser 15.
O alquimista chamava-se o conde de Saint-Germain.
domingo, 10 de julho de 2011
Cada Rei no baralho representa um grande Rei ou Imperador da história
* Rei de Ouros - Júlio César, geralmente portando um machado que simboliza as legiões romanas
* Rei de Espadas - o rei israelita Davi
* Rei de Copas - o rei Carlos Magno
* Rei de Paus - Alexandre, o Grande
* Dama de Ouros - Raquel, filha de Labão e uma das esposas de Jacó, neto de Abraão
* Dama de Espadas - A deusa grega Atena
* Dama de Copas - Judite, personagem bíblica
* Dama de Paus - Elizabeth I de Inglaterra
* Valete de Ouros - Heitor, príncipe e herói de Tróia
* Valete de Espadas - Hogier, primo de Carlos Magno
* Valete de Copas - La Hire, cavaleiro que lutou com Joana D'Arc
* Valete de Paus - sir Lancelot
* Rei de Espadas - o rei israelita Davi
* Rei de Copas - o rei Carlos Magno
* Rei de Paus - Alexandre, o Grande
* Dama de Ouros - Raquel, filha de Labão e uma das esposas de Jacó, neto de Abraão
* Dama de Espadas - A deusa grega Atena
* Dama de Copas - Judite, personagem bíblica
* Dama de Paus - Elizabeth I de Inglaterra
* Valete de Ouros - Heitor, príncipe e herói de Tróia
* Valete de Espadas - Hogier, primo de Carlos Magno
* Valete de Copas - La Hire, cavaleiro que lutou com Joana D'Arc
* Valete de Paus - sir Lancelot
quinta-feira, 30 de junho de 2011
MÁGICA, DEIXE UM AR DE EXPERT
Nada melhor do que usar alguns macetes com o baralho para
enfeitar seus truques e deixar um ar de profissionalismo,não acha?
Aki coloquei alguns vídeo mostrando alguns métodos para usar o baralho
de forma que até os truques mais simples vão impressionar.
terça-feira, 14 de junho de 2011
Apresentação
γνώθι σαυτόν
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