Em 1856 o Francês Robert-Houdin, o maior mágico de sua época, foi convidado por Luís Napoleão a cumprir uma missão por seu país: persuadir os líderes muçulmanos na Argélia e seu povo de que a França possui sacerdotes dotados de poderes miraculosos.
Um grupo muçulmano chamado de Maraboutes incitavam uma revolta com as tribos locais. Realizavam pequenos truques de mágica com o intuito de convencer de que tinham poderes místicos vindos de Deus, e com isso conclamavam uma guerra-santa contra o novo colonizador. Para preservar a ordem local, e permitir o tempo para organização das tropas francesas, Robert-Houdin aceitou ir para a Argélia para mostrar que os maraboutes não eram páreo aos "feiticeiros" da França.
Robert-Houdin, em sua apresentação para os chefes tribais, produziu balas de canhão e fez aparecer moedas de suas mãos. Convidou um chefe a tentar levantar uma caixa que, na frente de todos, tinha sido antes facilmente transportada. Na mesma ocasião fez um nativo desaparecer. Desafiado a um duelo a ser realizado com pistolas dos próprios Maraboutes, Robert-Houdin solicitou que o desafio fosse realizado no dia seguinte às 8 horas da manhã, pois precisaria orar durante 6 horas. Uma vez o mágico francês tendo se auto-proclamado como invencível, o nativo tinha o direito ao primeiro disparo.
Ele não orou. Passou horas se preparando. O maraboute levou as pistolas e as balas, e ofereceu a Robert-Houdin que escolhesse as balas que havia trazido. O desafiante carregou as armas. O Francês andou 15 passos e voltou-se para o adversário sem um traço de emoção em seu rosto. A pistola do maraboute disparou e Robert-Houdin sorriu. Ele havia pego a bala com os dentes.
Convencidos de que os poderes mágicos franceses estavam acima dos poderes locais, a rebelião cessou. Em 1957 as tropas francesas dominaram as tribos locais e consumaram a conquista da Argélia.
Ual!!
ResponderExcluirNão conhecia a história dele.
Muito interessante, ele realmente tinha muita habilidade.
Pena que teve um final trágico.
É a vida.... Bjuss