sábado, 28 de abril de 2012

Os Segredos das Sessões Espíritas do Século 19 (Parte 6)

 


As sessões do século 19 usaram e abusaram da produção de sons e músicas como uma maneira de provar para o público a "realidade" do mundo espiritual. Para tanto, bastava ao médium criar algum sistema (truque) que convencesse sua platéia que aquele som ou música não estava sendo produzido por qualquer agente humano ali presente.

Era comum colocar sobre a mesa da sessão alguns instrumentos musicais como sinos, pandeiros, trompetes ou violões. O médium então era devidamente amarrado a sua cadeira e, após a invocação do espírito, as pessoas podiam ouvir os instrumentos ali presentes produzirem seus sons característicos.

Os métodos utilizados pelos médiuns fraudulentos para criarem esta ilusão eram bem variados. Praticamente cada médium desenvolvia a sua técnica específica. Por exemplo, para conseguir fazer soar um sino sobre a mesa, muitos se valiam da escuridão completa para tocá-los com a boca ou com os pés.

Na foto abaixo, Harry Houdini demonstra para uma comissão um destes métodos. Este sistema era normalmente utilizado para se fazer soar um sino colocado dentro de uma gaiola, vidro ou caixa. Enquanto o sino permanecia intocado sobre a mesa, o médium manipulava com os pés outro sino escondido debaixo da mesa. Para que o som ficasse semelhante ao de um sino tocando dentro de uma caixa, o sino ou o badalo poderiam ser revestidos com algum tecido que abafasse o som.


 


Nem sempre o médium era amarrado. Muitas vezes ele simplesmente pedia para as pessoas ao seu lado segurarem as suas mãos. Os médiuns poderiam se valer de comparsas ao seu lado que fingiam segurar suas mãos ou poderiam se valer de um método bem mais engenhoso. Veja na foto abaixo que a pessoa à esquerda da médium coloca a mão sobre a mão esquerda dela, enquanto a médium coloca a sua mão direita sobre a mão da pessoa à sua direita. Parece impossível a médium tirar a sua mão dali sem que uma das pessoas ao seu lado perceba, não é mesmo?


 


Mas perceba agora como a médium, oculta pela escuridão, usa a mesma mão para colocar sobre a mão da pessoa do lado direito e ser tocada pela pessoa do lado esquerdo. Cada uma delas pensa estar segurando uma das mãos da médium, quando na verdade ambas estão segurando a mesma mão, possibilitando desta forma que, com a outra mão livre, a médium fizesse seus truquezinhos baratos.


 


Acordeões e violinos também eram utilizados, mas falarei deles na próxima postagem.




Os Segredos das Sessões Espíritas do Século 19 (Parte 5)





No processo de comunicação com os mortos, além das lousas, os médiuns também usavam uma folha em branco que era colocada dentro de um envelope que, depois de devidamente lacrado, era colocado dentro de uma pequena caixa sobre a mesa. Contatos estabelecidos, abria-se a caixa e o envelope, e ali estava o papel com alguma mensagem supostamente escrita pelo espírito contatado.

Como isto era feito? Através de um simples truque de mágica, e nada mais! O sistema que possibilitava a troca dos envelopes bem na frente do espectador é usado pelos mágicos até os dias de hoje para se criar diversos tipos de efeitos diferentes. Veja no vídeo a seguir a caixinha mágica que os médiuns usavam para enganar seu público:




Na próxima postagem vamos falar um pouco sobre como os médiuns faziam para criar alguns efeitos sonoros e até tocar música nas sessões espíritas.







Os Segredos das Sessões Espíritas do Século 19 (Parte 4)



 


Caso as sessões espíritas ficassem apenas nas manifestações de fenômenos "sobrenaturais", tais como as movimentações de objetos, elas talvez não tivessem ido tão longe. Porém, a possibilidade de no meio de todas aquelas manifestações se obter alguma mensagem inteligível do mundo dos espíritos era um dos mais fortes atrativos.

Os médiuns sabiam disto e logo passaram a inventar meios de comunicar as mensagens do além. Alguns deles simplesmente as comunicavam verbalmente. Para tanto o médium poderiam simplesmente dizer estar ouvindo o espírito se comunicar com ele ou, o que causava mais impacto, poderiam dar a entender que estava "incorporando" o espírito. Nestes casos o teatro poderia incluir respiração ofegante, tremedeiras, olhos virados e até falar com um tom diferente de voz.

Para tornar a mensagem comunicada mais verossímil, o médium se valia de recursos como
leitura frialeitura quenteefeito forermesmerismo, etc. Como já escrevi uma série de postagens sobre estas técnicas, não irei abordá-las agora. Caso queira lê-las acesse a série "Como Atuam os Médiuns".

Para uma mente mais cética ficava sempre a dúvida do médium poder estar forjando tudo aquilo. Portanto, com o intuito de tornar estas comunicações cada vez mais impressionantes e, consequentemente, mais críveis, os médiuns começaram a criar maneiras das mensagens aparecerem de forma sobrenatural e inexplicável. Surgiam as escritas espíritas.

Uma forma muito comum de se forjar uma escrita espírita era usando pequenas lousas de giz (pequenos quadros negros). O médium colocava sobre a mesa algumas lousas limpas (sem nada escrito) e, depois de efetivado o suposto contato, mensagens escritas poderiam ser lidas em uma ou mais lousas.

Por uma questão ética entre os mágicos, não poderei revelar o segredo desta técnica, mas como você mesmo poderá ver no vídeo abaixo, tudo não passa de um recurso de ilusionismo que os mágicos usam até hoje, inclusive em festas infantis, sem necessitar invocar qualquer tipo de espírito:


  


Mas para que você não fique muito frustrado, vou lhe revelar outra técnica para criar mensagens espíritas em uma lousa. Acho que os alguns mágicos não ficarão bravos comigo por causa disto:


 


Viu o comparsa lá trás trocando as lousas? Na escuridão onde as sessões eram realizadas, estes ajudantes passavam completamente despercebidos.

Harry Houdini revelou uma técnica ainda mais sorrateira onde o médium, igualmente com ajuda de um comparsa, poderia trocar uma lousa limpa por outra escrita, com as luzes acessas e bem debaixo das vistas da vítima. O médium segurava a lousa debaixo da mesa e pedia para a pessoa, que estava a sua frente, segurar do outro lado. Invocações eram feitas e em seguida pedia-se para a pessoa colocar a lousa sobre a mesa, verificando se o espírito consultado havia transmitido alguma mensagem. Veja logo abaixo o momento exato da troca:


 








Os Segredos das Sessões Espíritas do Século 19 (Parte 3)




 Vários métodos, desde os mais simples até os mais engenhosos, foram utilizados nas sessões espíritas do século 19 para enganar o público, fazendo-o acreditar que o médium realmente podia se comunicar com os espíritos dos mortos.

Vamos começar pelos objetos colocados sobre a mesa da sessão que, em um determinado momento, se mexiam "sozinhos" ou começavam a "levitar" dando a impressão de que estavam sendo manuseados por algum espírito ali presente.

Um dos métodos utilizados para se criar este efeito era o mais simples e óbvio possível. Na maioria das vezes o próprio médium os movimentava utilizando uma vara que poderia estar oculta em sua roupa ou debaixo da mesa. Veja na ilustração abaixo e entenda como o truque era executado (é claro que a iluminação precária não permitia que os presentes notassem a vara que normalmente era pintada toda em preto fosco):


 


Você percebeu que o médium trambiqueiro da ilustração acima está amarrado? Este era o procedimento comum adotado nas sessões espíritas na tentativa de impedir que o médium forjasse os movimentos dos objetos. É claro que isto não adiantava nada, pois o médium, sozinho ou com ajuda de algum comparsa, sabia muito bem como se desamarrar e amarrar-se novamente sem ninguém perceber. A seguir, assista ao vídeo de um mágico amigo meu e veja que esta é uma técnica muito conhecida e utilizada pelos ilusionistas até os dias de hoje:



 


Ás vezes a própria mesa onde todos estavam assentados ao redor é que levitava. Assim como na levitação dos objetos, existem também várias técnicas de ilusionismo para se conseguir fazer uma mesa levitar. No vídeo logo a seguir você terá a oportunidade de assistir ao grande mentalista Joseph Dunninger explicando uma destas técnicas:



 


Nos Estados Unidos surgiram vários casos de mesas girantes que atraíram muitos curiosos, que fatalmente acabaram caindo nas garras do espiritismo, e foram vítimas de todos os demais enganos mediúnicos que vinham na sequência.

Existe um vídeo do fantástico David Copperfield executando uma versão muito boa da levitação da mesa, porém não o encontrei disponível no Youtube

Agora, caso você queira realmente se assombrar, assista a esta versão de David Copperfield da Cabine dos Espíritos que ele denominou de "Os Fantasmas da Casa Barclay":



 


Já imaginou você vendo tudo isto sem saber que se trata de um show de ilusionismo?

Na próxima postagem mais segredos serão revelados.

Os Segredos das Sessões Espíritas do Século 19 (Parte 2)




O primeiro grande "segredinho" das sessões espíritas, caracterizadas por manifestações de estranhos fenômenos físicos entendidos como sobrenaturais, está em realizá-las em um ambiente completamente escuro ou com uma iluminação bem precária.

A explicação obtida dos médiuns de então é que a escuridão tornava mais fácil para os espíritos se manifestarem. Uma resposta deveras intrigante levando-se em conta que os espíritos requeridos a se manifestarem nestas sessões são os chamados "espíritos de luz". Um espírito de luz deveria gostar de claridade e não de trevas, não é mesmo?

É mais do que natural um cético desconfiar destas condições de pouca ou nenhuma luminosidade pelo fato de elas facilitarem a prática de inúmeras fraudes. Qualquer truque "meia-boca" se torna praticamente indetectável em um ambiente escuro.

O segundo "segredo" do qual os médiuns fraudulentos não abrem mão é o controle do ambiente onde a sessão será realizada. Dependendo do tipo de efeito "sobrenatural" que o médium pretendia criar para a sua assistência, o ambiente da reunião precisaria ser total ou parcialmente controlado por ele. Muitos deles dependiam de dispositivos ocultos debaixo das mesas e cadeiras, bem como de assistentes que os ajudavam na produção dos "efeitos especiais".

Os médiuns se defendiam argumentando que as energias do ambiente eram vitais para que os espíritos pudessem se manifestar. E é claro que o ambiente por eles preparado e controlado era o que possuía as "energias" mais propícias para tais manifestações.

Porém, o fato que ficou cientificamente comprovado por vários investigadores destes fenômenos é a seguinte regra: "Pouco ou nenhum controle, muita atividade sobrenatural; muito controle, pouca atividade sobrenatural; controle absoluto, nenhuma atividade sobrenatural". Até hoje esta regra continua válida.

A seguir veja algumas fotos de típicos locais para a realização das sessões espíritas no século 19:









 


 


 


Nessa sequencia de post eu vou revelar algumas técnicas usadas pelos médiuns e seus assistentes enquanto ocultos na escuridão.



Os Segredos das Sessões Espíritas do Século 19 (Parte 1)


espiritismo moderno surgiu com 1847 com o fenômeno das batidas misteriosas envolvendo as Irmãs Fox na cidade norte-americana Hydesville (NY).

Com o interesse gerado por estas batidas "misteriosas" alastrando-se por todo o país, juntamente com a informação de que se tratava de um processo de comunicação dos espíritos dos mortos com o mundo dos vivos, não demorou muito para que surgissem várias pessoas que também alegariam poder estabelecer este tipo de comunicação com o além. Estas pessoas eram denominadas médiuns, pelo fato de serem o meio físico que tornava possível o contato com o mundo dos espíritos, e as reuniões onde ocorriam estes contatos foram denominadas como "sessões espíritas" ou simplesmente "seance".

Muitas coisas "estranhas" aconteciam nestas sessões como uma forma de tornar evidente, a todos que dela participavam, sua origem "sobrenatural". Quanto mais fantásticos e inexplicáveis fossem os fenômenos, mais as pessoas iriam creditar tais manifestações sobrenaturais aos espíritos dos mortos como a única forma de explicá-los e entendê-los.

As atividades estranhas que poderiam ser observadas em uma sessão espírita típica presidida por um médium no século 19 eram:

- Movimento dos objetos colocados sobre a mesa onde todos se sentavam ao redor;
- Escritas que surgiam misteriosamente em uma folha de papel ou lousa (quadro-negro);
- Músicas misteriosas que soavam sem as pessoas poderem identificar sua fonte;
- Sons estranhos e vozes que comunicavam mensagens específicas;
- Brilhantes luzes que surgiam e desapareciam inexplicavelmente;
- Levitação de mobiliário (geralmente uma mesa ou uma cadeira);
- A produção de ectoplasma (substância fluídica que emana do corpo de um médium);
- Materialização de espíritos (considerado o fenômeno mais forte de todos).

Você gostaria de saber quais foram os segredos guardados "a sete chaves" pelos médiuns do século 19 que possibilitava realizarem suas sessões espíritas recheadas com várias manifestações tidas como sobrenaturais?

Na próxima postagem começarei a falar sobre eles.

Mentalismo.. adivinhar qual a cor, animal e país estão pensando..



Efeito:Nesta mágica vamos ver como ler a mente da pessoa. Descobrir em que país, animal e cor ela está pensando.Método :Passo 1Diga para o espectador pensar em um número de 1 a 9.Passo 2Agora peça para ele multiplicar este número por 9.Passo 3Agora peça para que ele some os dígitos desta multiplicação. (Por exemplo, suponhamos que a multiplicação tenha dado 25, então: 2 + 5 = 7)Passo 4Agora Diga: "Agora vamos fazer uma conta de subtração. Pegue o resultado da SOMA de seus dígitos e subtraia 5."Passo 5Agora transforme o resultado desta subtração em uma LETRA do alfabeto.Por exemplo: Suponhamos que o resultado da subtração seja 8, então (para 1 a letra é A; para 2 a letra e B; para 3 a letra é C; para 4 a letra é D; para 5 a letra é E; e assim por diante.Passo 6Logo em seguida fale: "Agora temos um letra, certo? Com essa letra vamos selecionar um País do mundo que começa com essa inicial".Quando ele tiver pensando em um país, peça para ele escolher a 5ª letra do nome deste País.Passo 7Diga: "Agora com esta letra em mente, escolha um animal e uma cor que comece com esta letra".Passo 8Agora faça um ar de pensativo por alguns segundos e logo em seguida diga com tom de surpreso e com uma cara de dúvida. "Mas não existe Macaco Marrom na Dinamarca."Passo 9 - SegredoEste truque é muito simples, pois qualquer número entre 1 a 9 que multiplicado por 9 terá como soma dos dígitos o valor 9. Então ao subtrair 5 terá como resultado final 4. 

Exemplos:1 x 9 = 09 ---> 0 + 9 = 9 - 5 = 4

2 x 9 = 18 ---> 1 + 8 = 9 - 5 = z

3 x 9 = 27 ---> 2 + 7 = 9 - 5 = 4

4 x 9 = 36 ---> 3 + 6 = 9 - 5 = 4

5 x 9 = 45 ---> 4 + 5 = 9 - 5 = 4

6 x 9 = 54 ---> 5 + 4 = 9 - 5 = 4

7 x 9 = 63 ---> 6 + 3 = 9 - 5 = 4

8 x 9 = 72 ---> 7 + 2 = 9 - 5 = 4

9 x 9 = 81 ---> 8 + 1 = 9 - 5 = 4

Ou seja, qualquer número que você pense o resultado final vai dar 4. O 4 será então a letra D. O único país que começa com a letra D é a Dinamarca, não existe outro país com esta letra. Ao pegar a quinta letra do país que será sempre a letra M, o mágico diz para pensar num animal.Bom, existem alguns animais com a letra M como Morcego, Marmota, Minhoca, Mosca e etc.Porém o animal mais fácil de lembrar é o Macaco. E finalizando a cor que começa com a letra M só tem Marrom.